Evangelho do dia › 14/09/2019

23ª Semana do Tempo Comum- Sábado

Primeira Leitura: Números 21,4-9

Leitura do livro dos Números – Naqueles dias, os filhos de Israel partiram do monte Hor, pelo caminho que leva ao mar Vermelho, para contornarem o país de Edom. Durante a viagem, o povo começou a impacientar-se e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés, dizendo: “Por que nos fizestes sair do Egito para morrermos no deserto? Não há pão, falta água, e já estamos com nojo desse alimento miserável”. Então o Senhor mandou contra o povo serpentes venenosas, que os mordiam; e morreu muita gente em Israel. O povo foi ter com Moisés e disse: “Pecamos, falando contra o Senhor e contra ti. Roga ao Senhor que afaste de nós as serpentes”. Moisés intercedeu pelo povo, e o Senhor respondeu: “Faze uma serpente de bronze e coloca-a como sinal sobre uma haste; aquele que for mordido e olhar para ela viverá”. Moisés fez, pois, uma serpente de bronze e colocou-a como sinal sobre uma haste. Quando alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, ficava curado. – Palavra do Senhor.

 

Salmo Responsorial: 77(78)

Das obras do Senhor, ó meu povo, não te esqueças!

  1. Escuta, ó meu povo, a minha lei, / ouve atento as palavras que eu te digo; / abrirei a minha boca em parábolas, / os mistérios do passado lembrarei. – R.
  2. Quando os feria, eles então o procuravam, / convertiam-se, correndo para ele; / recordavam que o Senhor é sua rocha / e que Deus, seu redentor, é o Deus altíssimo. – R.
  3. Mas apenas o honravam com seus lábios / e mentiam ao Senhor com suas línguas; / seus corações enganadores eram falsos / e, infiéis, eles rompiam a aliança. – R.
  4. Mas o Senhor, sempre benigno e compassivo, / não os matava e perdoava seu pecado; / quantas vezes dominou a sua ira / e não deu largas à vazão de seu furor. – R.
Evangelho: João 3,13-17

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: “Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do homem. Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”. – Palavra da salvação.

 

Reflexão:

Já no final do século V, no Oriente, e final do século VII, no Ocidente, havia uma comemoração em torno da cruz do Senhor. No dia 14 de setembro, as igrejas que tinham uma relíquia maior da cruz costumavam expô-la à veneração dos fiéis, em celebração solene. A esse fato dava-se o nome de “exaltação” da Santa Cruz. Instrumento de suplício e símbolo de derrota, a cruz se transformou em sinal de luz e esperança, por ato e mérito de Jesus Cristo, que aceitou fazer dela sinal de amor: “Ninguém tem amor maior do que alguém que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). São Paulo compreendeu e expressou a riqueza contida na crucificação de Jesus: “Ele me amou e se entregou por mim” (Gl 2,20). Sua cruz se torna para nós fonte de salvação: “Fostes resgatados… pelo precioso sangue de Cristo” (1Pd 1,18-19).