Artigos › 28/12/2017

A gestão de dinheiro pelas mulheres

É possível afirmar que muitas mulheres, atualmente, realizam uma gestão eficiente do dinheiro que recebem. Mas, é pouco provável que o conteúdo distribuído para formação financeira das mulheres esteja voltado para elas. É muito mais fácil encontrar informação financeira para homens e, apenas para os homens. Homens que escrevem, falam e ensinam finanças para homens, em linguagem puramente masculina e, da forma como os homens, em sua maioria, enxergam economia e finanças.

É possível construir uma narrativa mais feminina sobre finanças? É possível, que eu como homem, possa falar de uma forma mais adaptada ao universo das mulheres, que lidam com o dinheiro em pequenas ou grandes quantidades? Em primeiríssimo lugar, não é possível criar dogmas femininos sobre finanças. As mulheres são muito diversas, com inúmeras particularidades e, não é possível ter-se uma regra geral. O máximo que se pode fazer é gerar um conteúdo mais palatável, e adaptado ao universo feminino.

Vamos então a alguns pontos importantes.

 

Mulheres e o dinheiro no casamento

Muitas mulheres organizam as finanças do casal. Isso não é nenhuma novidade. Muitas, inclusive, informam-se mais sobre finanças, do que seus maridos e, não há problema algum com isso. Pelo contrário: em um casal, existe aquele ou aquela que possui competência em áreas diferentes e, dentre elas, um tem mais habilidade financeira do que o outro. As esposas que lidam com as finanças do casal possuem, em muitos casos, uma grande qualidade: conseguem enxergar os detalhes que passam despercebidos (muitas vezes) pelos homens. Esses detalhes estão nas necessidades dos filhos; nos reparos da casa; elas se atentam se há a necessidade de investimentos; etc.. Essas esposas dão uma atenção especial e acompanham o orçamento mensal dos gastos, em planilhas ou aplicativos de celular.

 

Quem Escolhe na hora de comprar?

Algumas pesquisas demostraram que, mais de 50% dos casos, as mulheres são quem decidem na hora de comprar. Seja a cor do carro, seja a localização do apartamento ou a decoração, ou onde investir o dinheiro que sobrou no mês em um Título do Tesouro Direito. Isso é um fato importante: quanto mais conteúdo financeiro for direcionado às mulheres, logo, maior benefício será obtido, porque essas escolherão com mais eficácia e eficiência. Investimento é sim assunto para mulheres: previdência, títulos, imóveis, metas de longo prazo, e afins.

 

Planejamento familiar

Assim como nos acidentes de trânsito, onde em sua grande maioria é causado por homens; o mesmo poderia se afirmar as finanças? Não existem pesquisas sobre o fato que tenha-se conhecimento. Sabe-se que, na média, as mulheres são mais prudentes. Portanto, elas podem, munidas de conhecimento financeiro de qualidade, fazerem escolhas mais conservadoras com o dinheiro do casal. Como resultado, obtemos menos risco, menos stress, e acidentes financeiros.

 

Educação financeira dos filhos

Hoje, é fato em muitas escolas dos EUA, Europa e Austrália, além de outros países, a educação financeira logo aos seis anos de idade. Diversos organismos internacionais indicam uma boa formação financeira às crianças, como antídoto para catástrofes financeiras futuras. O papel da mulher nesse processo é fundamental. A cooperação entre marido e mulher, como por excelência educadores dos filhos, no que diz respeito às finanças é de grande importância. Educação financeira para utilização do dinheiro como ferramenta e não como fim.

Ficar rico não pode ser meta para nenhuma criança, e sim, usar o dinheiro para fazer o bem; mudar o mundo; economizar primeiro para gastar depois; e ajudar o próximo. Educação financeira nas mãos de mães e esposas são uma poderosa ferramenta para combater o analfabetismo financeiro, mal observado dentro e fora do Brasil. Observe que, não é apenas papel da mãe, mas, também, do pai. Educação financeira em comunhão, conjunto e harmonia do casal irá transbordar para os filhos.

O dinheiro, economia e finanças, são conteúdos para mulheres. Elas muitas vezes, possuem inúmeras habilidades pouco reconhecidas. Quanto houver mais conteúdo direcionado para mulheres, em suas particularidades e desafios, melhor será para a sociedade como um todo, bem como para os casais e seus filhos.

Por Bruno Cunha

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