Notícias › 14/03/2017

Direito à moradia foi tema de Seminário Nacional da Pastoral do Povo da Rua

Agentes da Pastoral do Povo da Rua de todo o país reuniram-se, no último dia 10 de março, em Belo Horizonte (MG), para debater, em um seminário nacional, o direito à moradia. O evento também recebeu representantes do Ministério da Justiça e Cidadania, do Ministério das Cidades, de universidades e de organizações de Direitos Humanos.

Atualmente, estima-se que 60 mil pessoas vivam nas ruas dos centros urbanos brasileiros. “São pessoas que possuem um histórico de perdas de casa, de família, de trabalho, que não estão nas ruas porque querem ou por opção pessoal. Entretanto, quando se pensa em programas de moradia digna, essas pessoas quase nunca são consideradas”, afirma a coordenadora nacional da Pastoral, irmã Maria Cristina Bove.

Para a religiosa, é importante fortalecer e estimular a missão dos agentes de pastoral, articular as equipes locais para a vivência da mística, intercâmbio de experiência e o fortalecimento da metodologia. “O seminário é um momento de partilha onde trabalhamos as questões ligadas à cidadania e a dignidade das pessoas em situação de rua. A campanha por moradia digna quer chamar a atenção de toda a sociedade para a necessidade de garantir um direito humano fundamental para uma parcela da população que sofre com a invisibilidade social”, explica.

O encontro contou com dois painéis: o primeiro, com o tema “Não estou na rua porque quero: povo da rua e o direito à cidade”, e o segundo com o tema “A casa em primeiro lugar”. O seminário integra as ações da campanha “Chega de Omissão, queremos habitação”, lançada em maio de 2015 para reivindicar moradia definitiva para as pessoas que vivem na rua. A campanha pretende ainda, sensibilizar a sociedade brasileira e o poder público para a necessidade de que a população em situação de rua seja contemplada em programas de habitação, entendendo a moradia como um direito de todos e todas.

Uma as soluções apontadas pela pastoral e pelos movimentos de defesa dos direitos da população em situação de rua é o rompimento com o caráter provisório representado pelos albergues e abrigos, em direção à construção de programas de moradia com segurança, infraestrutura urbana consolidada e serviços públicos acessíveis, tais como o transporte coletivo e o ambiente saudável. 

A Pastoral do Povo da Rua tem como missão ser presença junto ao povo da rua, reconhecer os sinais de Deus presentes na sua história e desenvolver ações que transformem a situação de exclusão em projetos de vida para todos. Ente as inúmeras atividades da Pastoral do Povo da Rua está à abordagem, as visitas as comunidades e a participação nas decisões políticas, o incentivo da criação da Pastoral nas dioceses, a visibilidade às questões referentes à população de rua e denunciar ações violentas e discriminatórias.

Por CNBB, com Pastoral do Povo da Rua

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