Artigos › 13/08/2018

Eleições 2018: importância do voto, como prática de cidadania

Vivemos no Brasil mais um ano de eleições: vamos através do VOTO eleger quem vai conduzir o Poder Executivo nos Estados (Governador/a) e no País (Presidente/a), bem como nossos representantes na Assembleia Legislativa dos Estados (Deputado/a Estadual), Câmara Federal (Deputado/a Federal) e Senado (Senador/a).

Em sua mensagem para as Eleições deste ano a CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil nos incentiva a efetiva participação dos católicos e das católicas neste exercício direto de democracia representativa. Afirmam os nossos Bispos: “Nas eleições, não se deve abrir mão de princípios éticos e de dispositivos legais, como o valor e a importância do voto, embora este não esgote o exercício da cidadania”.

Como afirmam os Bispos, o voto não esgota o exercício da cidadania, mas tem um valor fundamental para que consigamos manter o Brasil vivendo a democracia.

Por isto a Igreja nos incentiva a exercer este nosso direito de votar, mas nos pede que nosso Voto seja CONSCIENTE (saber em quem estamos votando, procurar conhecer os candidatos/as, seus partidos, suas propostas para o Brasil, para o Estado, a região e o município onde moro); LIVRE (votar em quem queremos e não em quem alguém manda que votemos; votar porque acreditamos na pessoa que estamos votando e nas suas propostas em vista do bem comum e não vender o voto, porque voto não tem preço, tem consequência; vender e comprar voto é crime pela lei 9840/1999); RESPONSÁVEL (votar sabendo que nosso voto pode ajudar a construir o bem comum, objetivo próprio da política e não votar pensando em tirar vantagens pessoais, para nossa família ou para nosso grupo de amigos e de amigas).

Na Cartilha de Orientação Política da CNBB, encontramos um alerta sobre uma falsa notícia que circula pelas redes sociais de que quando os votos nulos e brancos ultrapassam 50% a eleição é anulada. A Cartilha conclui dizendo: “Votar nulo ou branco é como a atitude de Pilatos, que lavou as mãos. A melhor forma de protestar contra os corruptos é votar num bom candidato e depois acompanhar e fiscalizar os eleitos” (cf. página 20).

A CNBB nos convida a viver nosso compromisso com a política em tempos de Eleição, em três momentos importantes: o ANTES (“conhecer e avaliar as propostas e a vida dos candidatos, procurando identificar com clareza os interesses subjacentes a cada candidatura. A campanha eleitoral torna-se oportunidade para os candidatos revelarem seu pensamento” – Mensagem da CNBB para as Eleições/2018); DURANTE (comparecer às urnas e votar de forma consciente, livre e responsável); DEPOIS (acompanhar os eleitos e as eleitas para que possam cumprir o que prometeram, promovam políticas públicas para melhorar a qualidade de vida da população, especialmente dos mais pobres e marginalizados, apliquem corretamente o dinheiro público, sendo transparente e combatendo a corrupção; ajudar no controle social das contas públicas; participar efetivamente nos Conselhos Paritários; ser presença e acompanhar o poder legislativo nos três níveis: municipal, estadual e federal).

Procure estudar a Mensagem da CNBB para as Eleições/2018 – Compromisso e Esperança e a Cartilha de Orientação Política “Os cristãos e as eleições 2018 – Alegres por causa da esperança. Busque informações em sua Comunidade, Paróquia ou Pastoral.

Merece ainda nossa atenção a Carta do Fórum Nacional das Pastorais Sociais, Setor mobilidade humana e organismos datada de 03 de agosto de 2018, que tem como título “A verdade e o amor se encontrarão, justiça e paz se abraçarão (Salmo 85, 11). Nesta carta lemos o seguinte: “O Papa Francisco nos incentiva a sermos ‘Igreja em saída’, comprometidos com a Ecologia integral, e a CNBB, por meio do Ano Nacional do Laicato, nos convoca a reafirmar a importância da política. É por meio dela que se pode promover o bem comum. Sabemos que a política se faz no cotidiano, mas neste ano eleitoral, precisamos ter um papel mais ativo, enquanto mulheres e homens cristãos”. E mais: “É preciso esclarecer sobre a importância e responsabilidade com o voto, que é dever, mas também direito conquistado”. Podemos ainda destacar nesta Carta a afirmação que “as eleições são uma oportunidade para que os cristãos leigos e leigas possam promover debates e apoiar candidaturas que nasçam das comunidades, com uma trajetória de compromisso com as lutas por direitos do povo, que tenham propostas que apontem para a inclusão social dos mais pobres e excluídos; priorizem a defesa da vida humana, em todas as suas etapas e da mãe-natureza”.

Vamos participar e vivenciar uma das práticas de cidadania ativa: VOTAR!

Por Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira – Bispo da Prelazia de Itacoatiara (AM)- Via CNBB

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