Evangelho do dia › 12/11/2019

33ª Semana do Tempo Comum – Sábado

Primeira Leitura: 1 Macabeus 6,1-13

Leitura do primeiro livro dos Macabeus – Naqueles dias, o rei Antíoco estava percorrendo as províncias mais altas do seu império quando ouviu dizer que Elimaida, na Pérsia, era uma cidade célebre por suas riquezas, sua prata e ouro, e que seu templo era fabulosamente rico, contendo véus tecidos de ouro e couraças e armas ali deixadas por Alexandre, filho de Filipe, rei da Macedônia, que fora o primeiro a reinar entre os gregos. Antíoco marchou para lá e tentou apoderar-se da cidade para saqueá-la, mas não o conseguiu, pois seus habitantes haviam tomado conhecimento do seu plano e levantaram-se em guerra contra ele. Obrigado a fugir, Antíoco afastou-se acabrunhado e voltou para a Babilônia. Estava ainda na Pérsia quando vieram comunicar-lhe a derrota das tropas enviadas contra a Judeia. O próprio Lísias, tendo sido o primeiro a partir de lá à frente de poderoso exército, tinha sido posto em fuga. E os judeus tinham-se reforçado em armas e soldados, graças aos abundantes despojos que tomaram dos exércitos vencidos. Além disso, tinham derrubado a Abominação que ele havia construído sobre o altar de Jerusalém. E tinham cercado o templo com altos muros e ainda fortificado Betsur, uma das cidades do rei. Ouvindo as notícias, o rei ficou espantado e muito agitado. Caiu de cama e adoeceu de tristeza, pois as coisas não tinham acontecido segundo o que ele esperava. Ficou assim por muitos dias, recaindo sempre de novo numa profunda melancolia, e sentiu que ia morrer. Chamou então todos os amigos e disse: “O sono fugiu de meus olhos e meu coração desfalece de angústia. Eu disse a mim mesmo: A que grau de aflição cheguei e em que ondas enormes me debato! Eu, que era tão feliz e amado quando era poderoso! Lembro-me agora das iniquidades que pratiquei em Jerusalém. Apoderei-me de todos os objetos de prata e ouro que lá se encontravam e mandei exterminar sem motivo os habitantes de Judá. Reconheço que é por causa disso que estas desgraças me atingiram e com profunda angústia vou morrer em terra estrangeira”. – Palavra do Senhor.

 

Salmo Responsorial: 9A(9)

Cantarei de alegria, ó Senhor, pois me livrastes!

  1. Senhor, de coração vos darei graças, / as vossas maravilhas cantarei! / Em vós exultarei de alegria, / cantarei ao vosso nome, Deus altíssimo! – R.
  2. Voltaram para trás meus inimigos, / perante a vossa face pereceram. / Repreendestes as nações e os maus perdestes, / apagastes o seu nome para sempre. – R.
  3. Os maus caíram no buraco que cavaram, / nos próprios laços foram presos os seus pés. / Mas o pobre não será sempre esquecido, / nem é vã a esperança dos humildes. – R.
Evangelho: Lucas 20,27-40

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus alguns saduceus, que negam a ressurreição, e lhe perguntaram: “Mestre, Moisés deixou-nos escrito: ‘Se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filhos, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para o seu irmão’. Ora, havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem deixar filhos. Também o segundo e o terceiro se casaram com a viúva. E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos. Por fim, morreu também a mulher. Na ressurreição, ela será esposa de quem? Todos os sete estiveram casados com ela”. Jesus respondeu aos saduceus: “Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se, mas os que forem julgados dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, nem eles se casam nem elas se dão em casamento; e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos, serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. Que os mortos ressuscitam, Moisés também o indicou na passagem da sarça, quando chama o Senhor o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos, pois todos vivem para ele”. Alguns doutores da lei disseram a Jesus: “Mestre, tu falaste muito bem”. E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa alguma a Jesus. – Palavra da salvação.

 

Reflexão:
Os saduceus são os porta-vozes das grandes famílias ricas que desfrutam dos generosos donativos de peregrinos e da renda de sacrifícios oferecidos no Templo. Não lhes interessa que se fale de uma retribuição na outra vida, pois já têm a garantia desta vida presente. Pretendem fazer Jesus cair na armadilha: De quem será esposa a mulher que teve sete casamentos e sete maridos? De nenhum, é a resposta de Jesus, corrigindo o raciocínio dos saduceus. Na vida futura, não haverá morte nem necessidade de criar família. As relações humanas se dão em nível diferente, próprio dos anjos. Quanto à ressurreição dos mortos, é certo que há, pois Deus é Deus de vivos e não de mortos. A própria Escritura o comprova ao mencionar o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó.