Artigos › 19/08/2020

A paciência tudo alcança

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No mundo tereis grandes tribulações”. E, nesse ano de 2020, estamos enfrentando tribulações, como os efeitos da pandemia, a crise financeira e outras enfermidades. Além de outras preocupações.

“O que fazer quando tudo passar?”, “Como será a nossa nova realidade?” Ninguém sabe! O que sabemos é o que nos disse Jesus: “Coragem, eu venci o mundo!” (cf. Jo 16,29-33). Mas, para ter essa perseverança corajosa é preciso um ingrediente especial, uma virtude, um importantíssimo fruto do Espírito Santo: a paciência.

Ela é um antídoto contra a ira, o descontrole, a ansiedade e o desequilíbrio emocional. É o esforço humano e a graça divina fundamentais para suportar as ofensas, as cobranças, as diferenças e as coisas contrárias à nossa vontade.

Na vida espiritual, é saber esperar a hora de Deus. Quem cultiva a paciência não se revolta contra Deus. Você pode até estar se perguntando, “mas quem é louco de se revoltar contra Deus?”. Muitos que perdem uma pessoa querida. No meio dessa pandemia muitas famílias perderam prematuramente os seus para a Covid-19. E, no momento de dor, se revoltaram contra Deus. A revolta faz parte das fases do luto, tem que ser vivida e trabalhada.

A paciência e a perseverança são primas-irmãs. São Paulo nos diz que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, quando comprovada, produz a esperança. A paciência gera perseverança (Rm 5,3-4). A paciência nos faz aprender a esperar em Deus, a confiar sem perder a esperança, e nos faz entender que o silêncio de Deus não é a ausência d’Ele. O silêncio é o tempo em que Deus está caprichando na graça, é o tempo que Ele está nos preparando para recebê-la, mas nunca será ausência.

Deus é paciência. Muitas vezes na vida de todos nós, quando em algum momento nós merecíamos levar uma bordoada, Ele teve paciência para conosco.

Deus faz chover tanto para os justos quanto para os injustos. Como ensinou Jesus, devemos esperar pacientemente crescer o joio e o trigo para não cometer o erro de arrancar tanto um quanto o outro, pois Deus não quer condenar ninguém e aguarda até o último minuto a nossa conversão. (cf. Mt 5,45;13,24-43).

A paciência é a virtude dos fortes, dos santos. E, esse mês, nós temos um grande exemplo – até por isso escolhi esse tema. Santa Mônica, que rezou durante 20 anos pela conversão do filho Agostinho.

Aprendamos a ter a paciência de Santa Monica que, em nove meses no ventre, gerou o filho Agostinho para a vida e, durante 20 anos em oração, o gerou para a graça.

Por Pe. Reginaldo Manzotti, via Aleteia

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