Artigos › 28/08/2019

Como cristãos, precisamos conhecer a fé que professamos

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Todo cristão católico precisa conhecer, com profundidade, a fé que professa; e compreender significa aderir aos ditames e restrições que essa fé comporta.

Todo católico precisa saber que Eucaristia não é somente festa e banquete, mas também é sacrifício. Na Eucaristia, vivenciamos todo o mistério de Cristo: Encarnação, Vida, Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão de Cristo. A Igreja não fragmenta o mistério, ela o assume por inteiro.

Isso nos leva à compreensão de muitas realidades, dentre elas, a dimensão sacrifical da Igreja e de sua missão.

Ter uma fé madura

O catolicismo não vive somente do louvor e do gozo espiritual (visto que esses ocupam seu lugar no seio da Igreja). Ele é marcado pelo sacrifício, e precisamos ter a consciência de que nem todas as crenças experimentam tais realidades.

Muito me preocupa o grande número de católicos que têm assimilado supostas “teologias” que se fixam somente na prosperidade e no gozo espiritual, doutrinas que buscam somente o Cristo dos prodígios, glorioso, esquecendo-se do Cristo humilde e obediente, que soube sofrer esperando o tempo certo de cada coisa.

O Cristo da Cruz não cede ao imediatismo de uma fé que não seja madura o suficiente para compreender o sentido da palavra “paciência”. Nossa fé comporta o sacrifício e não vive somente de milagres, sabendo que não são apenas esses que nos dão fundamentos e razões para que creiamos, mas sim, a própria doação de Cristo na Cruz.

O Jesus do católico é o Jesus da Ressurreição, mas também o Jesus do Calvário. Se para cada sofrimento e enfermidade humana existisse um milagre, o homem nunca cresceria com a devida parcela de maturidade que somente o sofrimento pode nos acrescentar. Sem sofrer não crescemos, contudo, é triste constatar a veracidade das palavras de São João da Cruz com relação à nossa vida: “Muitos querem os benefícios que vêm através da Cruz, porém, poucos querem carregá-la”.

Faça a experiência com o Cristo ressuscitado

Alcançar milagres todos querem, no entanto, “completar na carne o que falta nas tribulações de Cristo”, com os sofrimentos que a vida apresenta, ninguém quer. “Ressuscitar” é fácil, mas para enfrentar o calvário é preciso amar muito a Jesus Cristo.

Gradativamente, tem aumentado o número de pessoas que desejam fazer a experiência do Cristo do aleluia, do glória, mas é preciso também que cresça o número dos que desejam fazer a experiência do Crucificado.

Nossa fé será madura quando participarmos da Missa pelo o que ela é em si, e não porque traz o título “de cura e libertação“.

Seja um católico consciente e não engula quaisquer ideias que lançarem sobre você! Analise bem o que você ouve e lê, pois nem tudo que tem uma “simpática” embalagem é verdadeiramente bom. Tenha uma fé inteligente e assuma o Cristo por inteiro e não apenas alguns belos fragmentos de sua Pessoa.

Por Padre Adriano Zandoná, via Canção Nova

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