Artigos › 21/02/2019

Como você pode viver feliz hoje se lembranças dolorosas te prendem?

Alguns acreditam que repassar o passado é uma perda de tempo, e o que importa é se concentrar no presente. Muitas vezes, esse raciocínio nasce do medo da dor que sentimos quando nos lembramos do passado. Mas fugir para o futuro pode causar precisamente o efeito oposto e nos levar a ser infelizes no momento presente.

Não há dúvida de que o passado não existe mais, mas, para o bem ou para o mal, somos quem somos hoje por causa do nosso passado. Todas as decisões que tomamos, todos os caminhos que seguimos ou deixamos para trás e todas as experiências que vivemos nos tornaram a pessoa que somos.

Algumas situações nos ensinaram lições importantes, mas é provável que outras pessoas nos tenham magoado e continuem a condicionar nossos comportamentos, embora possamos não ter plena consciência disso. Isso ocorre porque o nosso cérebro mantém as nossas experiências emocionais.

O passado ainda está presente quando não curamos nossas feridas emocionais.

É verdade que não podemos mudar o passado. Muitas das decisões que tomamos são irrevogáveis ??e não podemos apagar nossas experiências passadas. No entanto, podemos mudar nossa perspectiva sobre essas coisas para que elas não nos prejudiquem e, acima de tudo, para que possamos impedi-las de se tornarem um obstáculo que nos impeça de avançar.

Em alguns casos, quando sentimos que uma situação é esmagadora, é porque somos simplesmente incapazes de aceitá-la, e a memória dessa situação continua a criar emoções negativas que condicionam nossos relacionamentos com os outros, ou mesmo conosco, criando problemas de baixa autoestima e sentimentos de ressentimento.

Como podemos curar o passado e deixar de nos prejudicar?

O importante é curar o passado, identificando as experiências traumáticas ou as crenças de longa data que estão prejudicando nossas vidas. O principal objetivo deste tipo de terapia é – no contexto seguro de uma consulta com um bom terapeuta – trabalhar com as memórias escondidas em nosso cérebro das experiências que nos limitam no presente, consciente ou inconscientemente, de modo que possamos aceitá-las, tanto de uma perspectiva racional e emocional. Desta forma, elas vão parar de limitar nosso futuro.

Lembre-se que o que importa não é tanto o que aconteceu, mas como deixamos isso nos influenciar agora. O passado não existe mais; o que resta é a memória impressa em nossa mente, que – graças a pesquisas científicas recentes – sabemos que nunca é completamente confiável.

A solução não é apagar um evento da nossa mente, mas integrá-lo em nossas vidas de uma maneira diferente – uma que não nos machuque. Assim como nosso corpo produz cicatrizes sobre as feridas para que não nos machuquem mais, também nosso cérebro nos permite “reprocessar” o sofrimento emocional, dando-nos um novo significado para os eventos.

Via Aleteia

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