Artigos › 26/01/2021

Consolo espiritual aos Padres

Caros leitores, vamos refletir aqui sobre o ministério Sacerdotal, pedindo que vocês rezem por nós, os padres. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu” (Is 61,1). Todo aquele que
foi ungido por Deus e age segundo seu Espírito carrega em si algumas características.

A este ungido de Deus se chama de Presbítero, Padre, Sacerdote…

O Santo Cura d’Ars disse: “O padre não é padre para si mesmo, é-o para vós”. É isso mesmo: o padre é para vocês em Cristo. Seu ser não é mais de si próprio é, antes, um “ter seu ser em outro”: em Cristo. A vida do padre não é sua vida. Ela é a vida de Cristo.

Para configurar sempre mais a sua vida à de Cristo o sacerdote, segundo o Papa Emérito Bento XVI, precisa seguir quatro características:

“Encarnar a presença de Cristo”. Quer dizer, o que é próprio do sacerdote é aquilo que é
próprio de Cristo: suas ações sacramentais com suas devidas correspondências.

A segunda característica é a “Total identificação com o próprio ministério”. Faz-se necessário
que o presbítero seja realmente um seguidor de Cristo.

Uma outra característica é “coincidir pessoa e missão”. Como já afirmamos anteriormente pelo
Santo “O padre não é padre para si mesmo, é-o para vós”. O padre diante de Cristo é
despersonificado. Para que entendam, a pessoa do padre é abarcada, envolvida, pela Pessoa de Cristo fazendo do padre um “Alter Christi” (Outro Cristo). Na visão de Monnin, o que acontece é uma “expressão do seu ‘Eu filial’”. Podemos compreender este “Eu filial” de dois modos: 1) na celebração Eucarística: o sacerdote diz “Isto é o meu corpo… isto é o meu sangue” (Mt 26, 26-29); 2) no Sacramento da Reconciliação (confissão): o padre usa as palavras “eu te absolvo”.

A última característica: adoração – “diante do Pai em atitude de amorosa submissão à sua
vontade”. Aqui o agir do sacerdote é sempre “diante do Pai”, pois ele é filho no Filho. Tendo um
ardente desejo de estar sempre “diante” e não à frente do Pai. Porque o seu estar “diante” reflete sua “amorosa submissão à sua vontade”.

Em síntese, reze sempre por nós os ungidos de Deus. Sem esquecer que “todo sacerdote, tirado
do meio dos homens é constituído em favor dos homens em suas relações com Deus” (Hb 5, 1).

Padre Joacir S. d’Abadia, Pároco da Paróquia São José Operário-Formosa-GO, Filósofo autor de mais de 10 livros, Bacharel em Filosofia, Pós graduado em Docência do Ensino Superior, Licenciando em Filosofia e membro da “Academia de Letras do Nordeste Goiano” _ ALANEG e da “Academia de Letras do Brasil” e da “Casa do Poeta Brasileiro”, E-mail: joacirsoares@hotmail.com/WhatsApp 61 9 9931-5433

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