Notícias › 29/08/2017

Dom Renna sobre reforma de Francisco: sinodalidade e discernimento

“Sinodalidade e discernimento: essas são as palavras-chave do ministério episcopal na Igreja na reforma conduzida pelo Papa Francisco.” Foi o que afirmou o bispo de Cerignola-Ascoli Satriano, Dom Luigi Renna, no âmbito da Semana teológica do Meic (Movimento eclesial de cunho cultural), concluída na sexta-feira (25/08) no mosteiro de Camaldoli – região italiana da Toscana.

Pastor com cheiro das ovelhas e sorriso de pai

Participando da iniciativa dedicada ao tema “Forma e reforma da Igreja”, o prelado explicou que “a figura do bispo é fundamental no processo de reforma da Igreja traçado pelo Papa”. “A identidade episcopal é a que foi traçada num processo de fidelidade dinâmica do Concílio Vaticano II, mas o Papa Francisco a relançou com duas expressões: o pastor que tem o cheiro das ovelhas e que tem o sorriso de um pai.”

Para o bispo da região italiana da Puglia “essas imagens se traduzem num estilo que se caracteriza pela sinodalidade e pela proximidade às pessoas, mas também por instrumentos muito precisos de governo da diocese, em primeiro lugar, o discernimento, que é o método no centro da Amoris Laetitia”.

Discernimento e fidelidade ao kerigma

Segundo ele, isso “leva o bispo a não ser simplesmente um executor de documentos, mas aquele que, num estilo sinodal com o seu povo, escolhe aquilo que é prioritário no anúncio, mantendo juntos estilo do discernimento e fidelidade ao kerigma, que é fidelidade ao coração da missão da Igreja, a evangelização”.

Formação dos presbíteros: mais qualidade que quantidade

“Essas duas dinâmicas, a sinodalidde e o discernimento, incidem sobre toda a vida da Igreja. O Papa, com seus gestos diários e suas escolhas de governo, deu um lineamento particular ao episcopado indicando concretamente novos caminhos: por exemplo, sobre a formação dos presbíteros, convidando a fazer muito discernimento e a investir mais na qualidade do que nos números.”

Atenção particular aos pobres e à casa comum

Ademais, concluiu o bispo, “impulsionando rumo a uma relação de misericórdia e diálogo com o mundo contemporâneo, pedindo para se ter uma atenção particular aos pobres, e também uma grande atenção às dinâmicas econômicas que colocam em crise a resistência da casa comum. Tudo isso numa relação renovada e reforçada entre pastor e povo de Deus”.

Por Rádio Vaticano

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