Oitava do Natal – Quinta-feira
Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. Mas alguns membros da chamada Sinagoga dos Libertos, junto com cirenenses e alex26ndrinos e alguns da Cilícia e da Ásia, começaram a discutir com Estêvão. Porém não conseguiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. E disse: “Estou vendo o céu aberto e o Filho do homem, de pé, à direita de Deus”. Mas eles, dando grandes gritos e tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou, dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”. – Palavra do Senhor.
Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito.
1. Sede uma rocha protetora para mim, / um abrigo bem seguro que me salve! / Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza; / por vossa honra, orientai-me e conduzi-me! – R.
2. Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, / porque vós me salvareis, ó Deus fiel! / Vosso amor me faz saltar de alegria, / pois olhastes para as minhas aflições. – R.
3. Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do inimigo e do opressor! / Mostrai serena a vossa face ao vosso servo / e salvai-me pela vossa compaixão! – R.
Impulsionado pelo Espírito Santo, Estêvão anuncia sem temor a Palavra de Deus. Encontra resistência entre os radicais defensores do judaísmo. Acusado de blasfêmia, será apedrejado. Na hora da execução, aos olhos dos presentes, Estêvão irradia luz; parece um anjo, isto é, um mensageiro do Senhor. Na tentativa de sair ileso e de converter seus algozes, ele faz ainda uma pregação, a derradeira. Diante da fúria dos adversários, ele se mantém sereno. A exemplo de Jesus, Estêvão distribui generosamente o dom do perdão (cf. At 7,60). Imitando o Mestre, ele faz a oferta de sua vida (“Senhor Jesus, recebe o meu espírito”) e adormece no Senhor. É o primeiro mártir da Igreja (protomártir), venerado desde os primeiros tempos do cristianismo. Modelo de audácia, perseverança e fidelidade a Deus. A toda prova.