Artigos › 09/01/2020

Os sete pecados mortais: como o Diabo nos faz cair na infidelidade

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Meus amigos, quero vos dizer: não percamos tempo, passemos para o próximo pecado. O plano de Sexor e Libidinus, nossos “sexialistas”, é quase um sucesso completo. Procure um pouco na Internet, basta um pequeno clique para encontrar todos os vídeos e imagens pornográficas. Um dos nossos truques mais atraentes, além do desespero a que a escravização da carne nos leva, é ter acabado com a vergonha. Hoje, o vergonhoso não é aquele que fala da sua vida sexual, mas aquele que fala da sua vida interior! No entanto, ainda existe trabalho por fazer. Alguns cristãos continuam sendo hostis ao adultério. Não desesperemos, alguns acreditam tanto na sua virtude que são presas sonhadas!

Adultério, instruções de uso

Aproveite os bons sentimentos! Lástima, por exemplo: em cada homem, um paternalista dorme. Uma atração física não é obrigatoriamente necessária no ponto de partida. Pelo contrário, o homem imagina – o desejo sendo ausente – que é inofensivo ficar sozinho com uma amiga que sofre de carência afetiva. Ele acha que não há problema em tomá-la nos seus braços para a confortar. Se a mulher dele se preocupa com o tempo que o marido passa fora de casa e com a proximidade física com uma amiga em apuros, peça ao homem que explique que ele não está nada apaixonado por ela. E se eles forem mais longe, por exemplo, acariciando-se mutuamente, que demorem muito tempo a dizer um ao outro que querem permanecer fiéis aos seus respectivos cônjuges de qualquer maneira. Os homens têm uma capacidade infinita de acreditar no que dizem, mesmo quando as suas palavras são exatamente opostas à realidade, e de esquecer as suas resoluções à medida que vão avançando: nunca beijar outra mulher, nunca subir ao seu apartamento, etc. Objetivo: que sua vítima transgrida progressivamente as proibições (carícias, beijos, atos sexuais), porque é muito difícil voltar atrás.

Trabalhe nas frustrações também. Que a esposa da sua presa o recusa, que nunca pede a união dos corpos… Não negligencie nada. Vá lá, um pequeno vídeo pornográfico, por exemplo, só para ver… E não deixe a sua vítima pensar que o seu voyeurismo pode afetar a sua fidelidade. O importante, na verdade, é não fazer nada…

Cuidado com a confissão!

Se alguma vez, por infelicidade, a pessoa decide ir se confessar, pode usar a vergonha. O adultério é um dos pecados mais difíceis de se confessar. Que a sua vítima não esclarece, mas fica calada em relação ao seu casamento, só fala de “impureza” sem dizer a palavra “adultério”. E se ela confessar, tenha certeza de que o padre está indignado e a faz se sentir culpada. A pessoa ficará desanimada e não voltará ao confessionário.

Finalmente, após um certo período de vida dupla, mostra-lhe que a fidelidade absoluta é um belo ideal… mas só um ideal. Transforme esse desgosto insuportável de sua vítima para si mesma em uma nova regra de vida, mais flexível e menos hipócrita. Faça com que passe do pecado de debilidade para o pecado de maldade. Visto que a sua vítima não pode submeter a sua vida ao mandamento do Outro, que ele submeta o mandamento do Outro à sua vida.

Não lhe mostre que um pecador arrependido é melhor do que um cátaro endurecido. Se você manobrar bem, a alma dele será sua por toda a eternidade. Nosso objetivo é encerrar a pessoa no que os teólogos do Outro chamam o pecado mortal habitual. Para isso, temos de deixar que o sexo prevaleça!

Por Pe Pascal Ide et Luc Adrian (Inspirado por Cartas do Inferno de C. S. Lewis), via Aleteia

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