Artigos › 03/04/2019

Pe. Reginaldo Manzotti: o impacto da ressurreição é mais forte que uma bomba atômica

Jesus ressuscitou. A história ganha um novo significado. O impacto da ressurreição é mais forte que uma bomba atômica. O que aconteceu em Jesus é milhares de vezes mais forte do que qualquer força que possamos descrever, porque o sepulcro era o fim de todos nós, a morte era a rival que no final da história dizia: “eu te venci!”. Mas Ele ressuscitou, então a morte que era o fim, vira uma passagem. Esta vida que era tudo, ganha uma outra dimensão com Deus, em Cristo Jesus.

Ele ressuscitou! Este fato nos mostra que a cruz foi apenas um momento, mas não o fim. Ele lá esteve, mas não está mais. O que antes eram feridas abertas, de pregos cravados na dor, tornaram-se chagas gloriosas. O que antes era motivo de lágrimas, na ressurreição se torna cântico de vitória, Jesus ressuscitou.

Quem celebra a Semana Santa e se debruça sobre os acontecimentos, sabe que, verdadeiramente Jesus padeceu. É fato que Pôncio Pilatos existiu, é fato que o Cristo foi traído, que o homem de Nazaré, o Mestre da Galileia, terminou de uma forma horrenda e decepcionante para aqueles que pensavam em uma glória imediata. Uma morte numa cruz, escarnecido e desfigurado.

Uma morte desumana, crucificado às 9h e vindo a morrer às 15h. Quem já esteve no leito de morte de uma pessoa, sabe que diante do sofrimento agonizante, minutos se tornam horas e horas se tornam uma eternidade. Acredito no Santo Sudário, mas não há maior evidência, não há prova maior do que aconteceu, senão que o sepulcro estava vazio. Isso foi testemunhado e confirmado pelas mulheres na madrugada da ressurreição, assim como, pelos amados de Jesus.

Não é uma questão científica e histórica, mas os sinais do Ressuscitado falam por si só. Os sinais da presença do Deus vivo transformam a vida. São Paulo diz sobre o Cristo Ressuscitado: “Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20). Não tem expressão melhor que essa. A certeza do Ressuscitado sentimos em nossa carne, em nossa vida, nosso pensar, nosso agir, nosso querer, nosso buscar. Vale a pena acreditar e ter esperança.

Uma santa e feliz Páscoa acontecerá na medida em que nos abrirmos à graça do Ressuscitado. E esse processo não é só um dia, a Páscoa não é somente um dia. É uma pena que muitos tenham reduzido essa festa apenas ao chocolate. Somos chamados a celebrar a grande Festa da Páscoa em oito dias, como se fosse um dia só, é a Oitava da Páscoa. Vale lembrar que todos os domingos, quando participamos da celebração Eucarística, estamos fazendo memória da Páscoa do Senhor.

A começar pelo Domingo da Páscoa até Pentecostes, fazemos uma catequese da ressurreição, porque os sinais da ressurreição estão na própria liturgia do Tempo Pascal. E dentro desse tempo acontece, no Segundo Domingo da Páscoa a Festa da Misericórdia. As aparições de Jesus não terminaram com os apóstolos.

Santa Faustina, uma religiosa polonesa, recebeu mensagens de Jesus, onde Ele revelou querer ser conhecido pela Sua misericórdia. Posteriormente Ele a visitou mostrando-lhe seu coração trespassado do qual saíam raios de luz branca (a água do batismo) e vermelha (seu sangue) e lhe encomendou a missão de dar a conhecer sua misericórdia.

Por Padre Reginaldo Manzotti, via Aleteia

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