Seminaristas concluem estudos sobre o “Discurso Inaugural” do Evangelho de Mt

Dando continuidade à formação sobre o Evangelho de Mateus, os seminaristas da Fraternidade Sant’Ana refletiram as últimas perícopes (Mt 6,19 – 7,29) do Discurso Inaugural, conhecido como Sermão da Montanha. Seguindo a centralidade do Discurso Inaugural, em Mt 5,20, “superar a justiça dos escribas e fariseus hipócritas”, as perícopes trabalhadas vão dando direcionamentos para que os discípulos, “nós”, estejamos de acordo com o Projeto de Jesus.

A instauração do Reino é o projeto desejado por Jesus, para que discípulo possa viver totalmente este projeto, Jesus apresenta metáforas das atitudes necessárias para que o discípulo esteja aberto a este projeto. As quatro últimas perícopes do capítulo sexto remetem à primeira bem-aventurança, “Felizes, os pobres de espírito, pois deles é o Reino dos Céus”, portanto devemos olhar para elas segundo o despojamento de si, apequenando-se para que possa ser um discípulo ideal.

A reflexão conduzida pelo candidato ao ministério, o seminarista Thiago Rodrigues, deu ênfase à imagem do ‘olho’ como porta da caridade, seguindo o exemplo do mestre, Jesus, que “viu e sentiu compaixão”, o discípulos deve ver a realidade, iluminado pela luz que é o Evangelho, e agir onde é necessário, para fazer o Reino acontecer. Na dinâmica da providência destacamos o abandono total do discípulo como experiência de fé, a exemplo de Jesus, que se abandonou completamente dando a própria vida. O discípulo deve dar-se totalmente aos outros, na mesma proporção que experimenta a Deus, deve transmiti-lo; o discípulo deve fazer a experiência do hoje, não vendo a necessidade do acúmulo, pois entende que sua entrega é total ao projeto de Jesus.

O discípulo deve ser autocrítico, alimentar a fraternidade, ser fiel ao projeto de Jesus, por isso o término do Discurso Inaugural destaca as advertências aos discípulos, a porta estreita, os frutos das árvores, aquele que diz “Senhor, Senhor” e a casa sobre a rocha são imagens destas advertências àqueles que seguem o discipulado de Jesus, para recordar sempre que o discípulo deve se fazer pequeno no Reino, que suas escolhas e falas devem condizer com suas atitudes e serviço no Reino, mesmo agindo exteriormente é preciso uma práxis cristã de configuração, e não mera externalização, as atitudes do discípulo devem levar a uma configuração com o Mestre, criando identidade, e sendo sempre fiel ao projeto de Jesus, assim como a casa sobre a rocha.

Nós discípulos de Cristo devemos sempre optar ‘custe, o que custar’ a implantação do Reino, seguindo os mesmos passos de Jesus, revelando a mesma autoridade, da qual Jesus tinha, que era concordar sua pregação com sua prática. Portanto entendemos o sermão da montanha, como balizas, direcionamentos que guiam os discípulos em uma pedagogia de crescimento, para que possa ser implantado no aqui o Reino dos Céus.

 

Texto: Seminarista Erik Amaral Leme.

Fonte: PasCom Arquidiocese de Botucatu.

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