Evangelho do dia › 30/01/2022

4° Domingo do Tempo Comum

(verde, glória, creio – 4ª semana do saltério)

Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor (Sl 105,47).

A Eucaristia nos torna comunidade profética a serviço do Evangelho. Somos consagrados pelo Senhor e convidados a continuar seu caminho, marcado pelo amor que tudo crê, suporta e espera. Com fé, esperança e caridade, celebremos a páscoa de Jesus, assumindo o anúncio da graça e da justiça de Deus em meio às dificuldades da missão.

Primeira Leitura: Jeremias 1,4-5.17-19

Leitura do livro do profeta Jeremias – Nos dias de Josias, rei de Judá, 4foi-me dirigida a palavra do Senhor, dizendo: 5“Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz profeta das nações. 17Vamos, põe a roupa e o cinto, levanta-te e comunica-lhes tudo que eu te mandar dizer; não tenhas medo, senão eu te farei tremer na presença deles. 18Com efeito, eu te transformarei hoje numa cidade fortificada, numa coluna de ferro, num muro de bronze contra todo o mundo, frente aos reis de Judá e seus príncipes, aos sacerdotes e ao povo da terra; 19eles farão guerra contra ti, mas não prevalecerão, porque eu estou contigo para defender-te”, diz o Senhor. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 70(71)

Minha boca anunciará, todos os dias, / vossas graças incontáveis, ó Senhor.

1. Eu procuro meu refúgio em vós, Senhor: / que eu não seja envergonhado para sempre! / Porque sois justo, defendei-me e libertai-me! / Escutai a minha voz, vinde salvar-me! – R.

2. Sede uma rocha protetora para mim, / um abrigo bem seguro que me salve! / Porque sois a minha força e meu amparo, † o meu refúgio, proteção e segurança! / Libertai-me, ó meu Deus, das mãos do ímpio. – R.

3. Porque sois, ó Senhor Deus, minha esperança, / em vós confio desde a minha juventude! / Sois meu apoio desde antes que eu nascesse, / desde o seio maternal, o meu amparo. – R.

4. Minha boca anunciará todos os dias / vossa justiça e vossas graças incontáveis. / Vós me ensinastes desde a minha juventude, / e até hoje canto as vossas maravilhas. – R.

Segunda Leitura: 1 Coríntios 12,31-13,13 ou 13,4-13

[A forma breve está entre colchetes.]

Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – [Irmãos,] 31aspirai aos dons mais elevados. Eu vou ainda mostrar-vos um caminho incomparavelmente superior. 13,1Se eu falasse todas as línguas, as dos homens e as dos anjos, mas não tivesse caridade, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine. 2Se eu tivesse o dom da profecia, se conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, se tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, mas se não tivesse caridade, eu não seria nada. 3Se eu gastasse todos os meus bens para sustento dos pobres, se entregasse o meu corpo às chamas, mas não tivesse caridade, isso de nada me serviria. [4A caridade é paciente, é benigna; não é invejosa, não é vaidosa, não se ensoberbece; 5não faz nada de inconveniente, não é interesseira, não se encoleriza, não guarda rancor; 6não se alegra com a iniquidade, mas se regozija com a verdade. 7Suporta tudo, crê tudo, espera tudo, desculpa tudo. 8A caridade não acabará nunca. As profecias desaparecerão, as línguas cessarão, a ciência desaparecerá. 9Com efeito, o nosso conhecimento é limitado e a nossa profecia é imperfeita. 10Mas, quando vier o que é perfeito, desaparecerá o que é imperfeito. 11Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Quando me tornei adulto, rejeitei o que era próprio de criança. 12Agora nós vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas de modo imperfeito, mas, então, conhecerei como sou conhecido. 13Atualmente permanecem estas três coisas: fé, esperança, caridade. Mas a maior delas é a caridade.] – Palavra do Senhor.

Evangelho: Lucas 4,21-30

Aleluia, aleluia, aleluia.

Foi o Senhor quem me mandou / Boas Notícias anunciar; / ao pobre, a quem está no cativeiro, / libertação eu vou proclamar! (Lc 4,18) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, estando Jesus na sinagoga, começou a dizer: 21“Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”. 22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?” 23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. 24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram essas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. – Palavra da salvação.

Reflexão:

Estamos na sinagoga de Nazaré, onde Jesus apresentou seu programa de vida, ou seja, sua proposta libertadora. A seguir, o evangelista apresenta a reação dos ouvintes: a favor e contra. Desde o começo do seu ministério, Jesus encontra a rejeição, com a tentativa de eliminá-lo. Está ciente de que nenhum profeta é bem aceito na sua própria terra. Afinal, o que esse filho de José quer nos ensinar? Não acreditam que Deus possa agir numa pessoa tão simples. A proposta libertadora do Mestre causa pânico em muitos ouvintes. Os promotores da vida nem sempre são bem vistos e, muitas vezes, acabam perseguidos como o Mestre. Aconteceu com Jesus e acontece com tantos outros que atuam em favor dos necessitados. Ainda querem que Jesus mostre seu poder divino por meio de milagres. O Mestre rejeita agir para sua própria promoção e se recusa a ser ídolo do espetáculo e do aplauso. A citação da Escritura – a viúva de Sarepta e o sírio Naamã – revela que a missão de Jesus não tem fronteiras. Apesar dos obstáculos, ele continua seu caminho, sua proposta libertadora. O Mestre de Nazaré sempre se empenhou em favor das pessoas mais necessitadas. É o exemplo que ele nos deixa para que as pessoas de boa vontade possam segui-lo, fazendo o bem no dia a dia.(Dia a dia com o Evangelho 2022)

FONTE:PAULUS