Formação: Seminaristas estudam o “Sermão da Montanha” em curso sobre o Evangelho de Mateus

Os seminaristas da Fraternidade Sant’Ana, que se encontram nas Etapas do Discipulado e da Configuração, e que estão respectivamente nas fases dos estudos filosóficos e teológicos, estão realizando a cada quinze dias o curso de formação e estudo sobre o Evangelho de Mateus. A formação idealizada pelo Pe. Ivonil e pelos seminaristas Marco e Thiago, ambos da Etapa da Configuração, busca oferecer uma chave de leitura e de reflexão para os seminaristas que ainda não cursaram os Evangelhos. Segue abaixo, a síntese do encontro realizado na noite de hoje, 15, que foi preparada pelo seminarista Leonardo F. Rocha, da Etapa do Discipulado:

Na formação de hoje, sobre o Evangelho de Mateus, demos sequência aos primeiros capítulos. Vimos, portanto, o início do sermão da montanha.

No capítulo 5, Jesus faz seu primeiro, entre os cinco discursos, que trata sobre a justiça do Reino, que é o querer de Deus. E neste discurso, Jesus dá pleno sentido às leis mosaicas, ou seja, ele se torna como um “novo Moisés”, dando uma nova interpretação às Leis, que são visualizadas como balizas, ou seja, direcionam os discípulos para se tornar discípulos-apóstolos do reino, como desdobramento de suas vidas.

Começando com as bem-aventuranças, o capítulo 5 é recheado destas  reinterpretações da Lei,  que buscam sintonizar a vida do discípulo do Reino com a vontade de Deus. Jesus não quer dar novas leis, e sim dar uma nova maneira de seguimento a elas e ao seu espírito, o que vai na contramão do legalismo do farisaísmo hipócrita que se apegava a materialidade da Lei.

Em sequência, o Evangelista nos mostra como os discípulos do Reino devem agir em meio aos povos, sendo sal da terra, o sal, não aparece na comida, mas percebemos a presença com o seu sabor marcante, assim o discípulo deve agir, não para aparecer ou se mostrar, como faziam os fariseus e doutores da Lei, mas para instaurar o reino e a justiça de maneira discreta. Também deve ser luz do mundo, que na verdade é o reflexo da luz de Cristo, quanto mais brilho, mais Ele e seu projeto aparecem, projeto este – bem abordado pelo autor – que é o EMANUEL, Deus em nosso meio.

O cumprimento destas “novas regras” se dá através de uma atitude ousada de Jesus diante do legalismo religioso de sua época, que vem nos ensinar que não devemos pagar o mal com o mal. A atitude do discípulo encontra então uma meta a ser alcançada: “ser perfeitos como o Pai é perfeito”, de uma maneira gradativa, cumprindo os ensinamentos deixados por Jesus.

No capítulo 6, Jesus também da uma reinterpretação de três práticas, que são essenciais na vida religiosa: caridade, jejum e esmola.

Essa práticas eram vivenciadas erroneamente, principalmente pelos fariseus, os quais Jesus denomina de hipócritas, pois eles exerciam de uma maneira exibicionista as práticas de piedade para assim serem elogiados, ganhando assim a recompensa do mundo. Mas Jesus vem ensinar que o que realmente importa, é fazer para agradar ao Pai, ou seja em segredo, pois, um verdadeiro jejum, uma verdadeira oração, uma verdadeira esmola, é feita em sigilo, pois a recompensa divina, se dará através do que está oculto.

E assim concluímos mais uma noite de formação em nossa Fraternidade, estudando e aprofundando cada vez mais o Evangelho de Mateus, o evangelho do discipulado do Reino.

 

Fonte: PasCom Arquidiocese de Botucatu.

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