Notícias › 18/05/2017

Padre comenta realidade dos cristãos na África

Neste mês de maio, a intenção geral de oração do Papa Francisco ao Apostolado de Oração é pelos cristãos na África. O Santo Padre roga para que, em meio às dificuldades enfrentadas, os fiéis africanos consigam dar “um testemunho profético de reconciliação, de justiça e de paz, à imagem de Jesus Misericordioso”.

Padre Fernando Reis é brasileiro e mora na África há três anos e diz que a experiência têm sido enriquecedora:

“Em 2014 fui enviado para uma missão na Nunciatura Apostólica na Uganda, com sede na capital, Kampala. Tem sido um tempo de graça de Deus na minha vida e de amadurecimento na vida de fé e de Igreja ao mesmo tempo. Um verdadeiro exercício de comunhão na missão.”

Retrato do Continente

O sacerdote apresenta a realidade do continente, que têm mais de 50 países, com línguas, culturas, tradições e religiões diferentes.

“Os cristãos também estão lá: católicos, protestantes, coptas entre outros. A Igreja Católica, em particular, está presente em todos os países africanos com maior ou menor percentual de fiéis, variando conforme o país.”

Em Uganda, segundo Padre Fernando, especificamente os católicos somam mais de 40% da população.

“Tem-se liberdade de ir e vir e de expressão e celebração da fé. As comunidades estão crescendo e as pessoas em geral são muito receptivas e abertas à dimensão religiosa e ao serviço de evangelização promovido pela Igreja.”

Mas o religioso lembra que há desafios:

“O diálogo com os costumes e religiões locais, bem como aquele posto pela crescente presença de seitas de base pentecostal. Enfim, é uma comunidade de fé viva e vibrante, não obstante a extrema pobreza material em geral no país. E a Igreja já tem uma boa estrutura de Dioceses e Paroquias bem como de outras estruturas eclesiásticas, como Seminários para a formação​ do Clero e uma pequena Universidade Católica.”

Intenção de oração do Papa

Sobre o pedido do Papa Francisco, Padre Fernando ressalta a importância, devido às muitas situações de perseguição, de instabilidade política e a atual questão dos refugiados.

O sacerdote explica que muitos são obrigados a deixar seus países, suas comunidades para fugir de guerras e da fome, em busca de uma oportunidade de vida.

“É importante rezar, para expressar a nossa amizade e comunhão com os nossos irmãos de fé africanos. A oração, como costuma-se dizer, “move montanhas”. Que a oração que o Santo nos pede seja intensa a tal ponto que possa mover as mentes e os corações dos “senhores da guerra” e dos que detém certo peso e poder decisório também no campo político em prol de paz, liberdade e estabilidade para todos os países africanos.”

O religioso lembra que os cristãos do mundo todo devem sustentar também os missionários que estão no continente:

“Sobretudo, rezemos para apoiar os missionários e voluntários que atuam na África. Rezemos para que os nossos irmãos nativos abracem e testemunhem, de cada forma cada vez mais intensa, a fé católica. Podemos ajudar a missão na África ? Sim. Como ? Especificamente oferecendo a nossa oração, por mais simples que seja, por eles. Rezemos e peçamos “paz, justiça e reconciliação” para os corações de nossos irmãos católicos africanos.”

Por Canção Nova

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